Transporte: um setor em colapso

Um setor que há muito tempo vem entrando em colapso, além de muitos, é o transporte.
Na gestão da prefeita Marta Suplicy (PT),foi criado o bilhete eletrônico que permitia à integração com vários ônibus num período de 4 horas, nove corredores de ônibus exclusivos em pleno funcionamento, terminais e novos ônibus. Essas ações levaram proprietários de automóvel a deixarem seus carros em casa e optarem pelo transporte coletivo devido às melhorias ocorridas no sistema de transporte paulistano.
Há seis anos os corredores de ônibus deixaram de ser exclusivos e tornaram – se lentos, O sistema não flui e os passageiros, apesar de vários protestos, não vê melhoria e sim uma desconstrução de tudo o que fora feito no Governo do PT.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo em maio, um especialista da área de engenharia de trânsito professor Jaime Waisman afirmou:” O ônibus é o maior prejudicado pelo congestionamento. O ônibus não tem sido atrativo em razão da baixa velocidade, do excesso de lotação, a viagem mais longa. O ideal é que os ônibus andem a pelo menos 20km/h nos corredores”. Essa velocidade fora alcançada pelo governo petista. Hoje a velocidade gira em média de 16km/h á 18km/h.
O Orçamento de São Paulo em 2011, infelizmente não prevê um futuro melhor para a cidade, nele está detalhado um investimento de R$ 2000,00 para terminais de ônibus, o mesmo valor para o Rodoanel e metrõ e apenas R$ 1 milhão para corredores.
Através desta dotação orçamentária temos a convicção de que o programa de governo pelo qual o prefeito Kassab (antigo DEM atual PSD) fora eleito deixou de lado mais um setor importante da cidade descumprindo várias promessas:
• Tarifa de ônibus zero, conforme ele mesmo disse “O nosso objetivo é a tarifa zero. Eu sempre disse que como homem público não vou sossegar enquanto ela não for zero. Eu tenho essa meta de vida”; e o que mostra é um aumento de 30% da tarifa. Em uma manifestação ocorrida, Kassab ao invés de dialogar com a população explicando os motivos para o aumento da tarifa ignorou o pedido, chamou policiais para agir de forma truculenta e abafar as manifestações contrárias ao aumento da tarifa em frente à Prefeitura. A contundência repressiva da ação das forças repressivas relembrou a forma de agir dos agentes da ditadura militar.
• 66km/h de corredores de ônibus.
• Restrição aos ônibus fretados.
• Redução do tempo do Bilhete único.
As obras do PAC-2 investirão R$18 milhões na melhoria do transporte em várias cidades do País, a cidade paulistana será contemplada com essas ações do Governo Federal.
Esse descaso nessa área demostra que a política adotada pelo atual gestor municipal deixou de lado mais um setor da cidade, isso pode ser demostrado através de uma pesquisa feita pelo Ibope feita entre os dias 29 de novembro e 12 de dezembro uma grande desaprovação da população com a gestão do prefeito Gilberto Kassab nesse setor.
Fábio da Natividade Cruz