terça-feira, 9 de agosto de 2011

Revolução socialista e as redes sociais

Sabemos que nos dias de hoje a rede mundial de computadores, espalha – se de uma forma espantosa e é utilizada por um bilhão de pessoas. Na mesma velocidade em que cresce o número de pessoas acessando a internet, aparecem novidades a todo o momento: acesso com velocidade muito maior, ligações telefônicas gratuitas pela rede, ouvir músicas, ler livros, acessar jogos, curso on-line, compras, movimentações financeiras e redes sociais.
Diante de todas essas facilidades imaginemos a seguinte situação, se em fevereiro de 1848 já houvesse a rede mundial de computadores. Diante desta situação se Marx e Engels tivessem usado a internet para divulgar o Manifesto Comunista através das redes sociais. Quais seriam os resultados em tempo real? A própria história relata que o ano de 1848 foi de rebeliões operárias por todo o continente europeu, reprimidas com toda a truculência e violência. O capitalismo selvagem da época, herança da Revolução Francesa, animou – se com a derrota dos trabalhadores.
O motivo de tanta truculência com os trabalhadores da época foi porque Marx propôs centralizar todos os instrumentos de produção a mão do Estado, isto é, do proletariado organizado como classe dominante, e para aumentar o mais rapidamente possível o total das forças produtivas. Esta proposta de Marx gerou uma divisão em duas grandes classes em confronto permanente: a burguesia e o proletariado.
Ao contrário, a burguesia suprimia cada vez mais a dispersão dos meios de produção, da propriedade e da população. Aglomerou a população, centralizou os meios de produção nas mãos de poucos. A consequência disso foi uma organização burguesa muito forte que culminou em uma força política centralizada defendendo os seus interesses.
Esse processo histórico nos dias de hoje traria maiores revoltas por parte do proletariado, pois o sistema capitalista apresenta várias falhas: transformou a relação familiar em mera relação de dinheiro; estimulou a livre concorrência gerando crises comerciais por não ter o controle das relações entre os negócios realizados; incapacidade de estabelecer limites onde essa selvageria de conquistas por espaços acabou gerando uma etapa posterior, o imperialismo.
O imperialismo infiltrou-se em governos e estes não passam de meros servidores dos donos do dinheiro.
Essa situação acontece em várias partes do mundo principalmente nos Estados Unidos, quando se trata de políticas públicas para a saúde os convênios médicos e as indústrias farmacêuticas, têm voz e vez no Congresso americano. Fato retratado pelo cineasta Michael Moore, no documentário SICKO - $O$ saúde.
Portugal, Grécia, Espanha e Irlanda receberam o termo negativo de “Pigs” porque entregaram – se a farra capitalista e tornaram-se neoliberais. Essa situação pôs em xeque o futuro do bloco da União Européia e o euro.
Denúncias mostram que abusos trabalhistas e contra os direitos humanos bancam os lucros da multinacional Sodexo.
Isso tudo ocorreu porque a grande parte destes países têm em seus Congressos representantes de grandes banqueiros e multinacionais que com visão neoliberal exploram as nações por meio do trabalho nacional e países latinos americanos. Podemos citar uma situação, a do Banco Santander. No Brasil tem lucros expressivos e dividem com os dois partidos que se alternam no poder na Espanha o assalto à economia do país.
Lênin falava que a imprensa é a maior aliada do povo, diante a essa situação ele diria que a internet cumpriria a sua função social na revolução socialista, sendo a aliada do proletariado, o Manifesto Comunista teria uma organização e proporção intensa por meio das redes sociais e a frase ao invés de ser “proletariados do mundo todo uni-vos” seria “humanos do mundo todo uni-vos cada vez mais”.
Fábio da Natividade Cruz

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