Ao ler o seu programa de governo ( 2009-2012) “São Paulo no rumo certo” o então candidato e atual prefeito Gilberto Kassab ( antigo DEM atual PSD), mostra um certo exagero ao declarar que “com planejamento , utilização criteriosa dos recursos públicos e muito trabalho, conseguimos avançar em todas as áreas” e vai mais além diz que “com aplicação, com responsabilidade e dedicação ás necessidades de toda a cidade, principalmente dos que mais precisam” os fatos que se apresentam vêm contradizer ao programa de governo pelo qual o prefeito fora eleito pela população paulista.
Segundo reportagens da Folha, Estadão e Agora das 223 promessas feitas em palanques eleitorais e em debates televisivos na campanha de reeleição em 2008 pelo prefeito, 21, menos de 10% foram concluídas; sete nem sairão do papel; e 195 estão em andamento segundo as contas da Prefeitura.
Conforme a LDO (leis de diretrizes orçamentárias) o prefeito Gilberto Kassab não cumprirá as centrais promessas estabelecidas em seu plano, entre as quais:
• A construção de três hospitais Parelheiros, Brasilândia e Vila Matilde. O prefeito procura viabilizar uma parceria público privada de R$ 6 bilhões, mas as obras e os projetos sequer foram concluídos, segundo dados do “O Estado de São Paulo;
• 50 ambulatórios odontológicos prometidos; 46 ainda não tem local definido.
• Só um dos nove terminais de ônibus;
• Investir no Rodoanel;
• Acabar com a fila de espera por vagas na creche; o número de crianças em 2005 passou de 60mil para 187mil neste. Mas a verdade é que ainda há 100mil crianças na fila; Em entrevista publicada pelo Agora, o secretário municipal de Educação Alexandre Schneider, foi realista ao dizer que o prazo para zerar esse déficit é de uma década;
Hoje em dia, a maioria das mulheres trabalha o que é fundamental para fechar as contas da casa. Sem creches onde deixar os filhos, as mães têm de enfrentar a difícil escolha entre largar o emprego ou largar as crianças sabe-se lá com quem.
• Eliminar o turno da fome;
• 200 até o final do mandato de Kassab. Até agora, 13 foram concluídos e se somaram aos 93 que já existiam. Ainda faltam outras 94 unidades;
• Criar 8.200 vagas para estudantes no ensino técnico --2.050 vagas por ano. Os números, porém, ficaram abaixo do estipulado em 2009 e em 2010.
• A criação de dois centros de capacitação para cooperados de reciclagem de lixo, que está na fase um de 14 (levantamento de dados/cadastro);
• Tarifa de ônibus zero, conforme ele mesmo disse “ O nosso objetivo é a tarifa zero. Eu sempre disse que como homem público não vou sossegar enquanto ela não for zero. Eu tenho essa meta de vida”; e o que mostra é um aumento de 30% da tarifa. Em um evento ocorrido no final do ano passado, Kassab ao invés de dialogar com a população explicando os motivos para o aumento da tarifa ignorou o pedido, chamou policiais para agir de forma truculenta e abafar as manifestações contrárias ao aumento da tarifa em frente à Prefeitura.
• Descaso com comerciantes na Nova Luz;
• Lembrando o jingle de sua campanha “mamãe me dá mais um copinho do leite com o rótulo amarelinho, saúde Kassab”, deixou até de cumprir promessas para às crianças trocando o leite com o rótulo amarelinho para um do pacote azul.
A saúde onde foi o carro chefe de sua campanha criou o AMA, aproveitando espaços de postos de saúde transferiu a administração deste para as organizações sociais, com a finalidade de privatizar a dor, sem contar o desvio da função do AMA que está sobrecarregado, falta de vários profissionais, falta de material, falta de remédio e uma fila que chega há dois anos para consultas em algumas especialidades e alguns tipos de exames, conforme reportagem publicada no jornal Agora São Paulo baseada em dados da Secretaria Municipal da Saúde.
Toda essa situação também atingiu as gerências que acabam ter que administrar em uma UBS/AMA mais de quatro organizações sociais.
A pesquisa realizada pelo Data Folha no mês de março, mostra que São Paulo está fora do rumo certo, Kassab conseguiu um índice onde mais de 40% afirmam que a sua gestão é ruim ou péssima, esses dados mostram que o prefeito se preocupa mais com a criação de seu partido o PSD (partido social democrático) e esquece cada vez mais dos problemas da cidade, fugindo assim do programa pelo qual foi eleito e esse descumprimento de promessas acabou por deixar uma prefeitura sem destino.
Fábio da Natividade Cruz
Fontes.: Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e Agora São Paulo.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
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