Um espectro ronda o sistema democrático brasileiro,é o espectro da luta de classes. Embate este representado por duas forças existentes em qualquer sociedade: exploradores (capitalistas, hoje em dia podemos definir comos neoliberais) e explorados (trabalhadores, homens e mulheres que ao longo de suas vidas e sempre dependeram e conseguiram manter suas famílias com baixos salários).
Desde a criação e formação do Brasil a idéia de luta de classes sempre esteve inserida no cerne de seu povo que idealizou uma Nação autônoma e livre , seria como se fosse uma "mão invisível" que agiu e ainda age nos dias de hoje ( diferente de Adam Smith), esta "mão invisível" germinou e se fortaleceu no conflito contra o domínio colonial.
O rompimento com a opressão colonial tem raízes nas guerras do século XVII contra os holandeses ( ocasião esta em que todas as camadas da colônia - clero, camadas, índios e até mesmo escravos e negros livres - uniram - se em uma campanha vitoriosa que derrotou, sem a ajuda de Portugal, a principal potência econômica, política e militar de então, a Holanda; união que fora decisiva na consolidação e unidade do território que veio a formar o Brasil).
O processo de Independência do Brasil foi fruto cumulativo de um conjunto de lutas populares(expulsão dos holandeses do território brasileiro; Inconfidência mineira em 1789, onde projetou o perfil heróico e combativo do alferes Tiradentes; a Conjuração Baiana em 1798, ainda mais avançada, com bases populares e plataforma de características democrática e abolicionista) que possibilitou com a ruptura em 7 de setembro de 1822. Esta versão difere da versão oficial relatada pela Metrópole lusitana que a colônia brasileira fora simples uma doação, deixando de lado a verdadeira estória que a conquista da independência foram jornadas rebeldes de batalhas populares ocorridas em vários estados onde o colonizador ( explorador ) foi derrotado militarmente.
A conquista da independência não significa que juntamente veio a autônomia política, setores agromercantis - aliados internos da exploração estrangeira, principalmente a inglesa -formados durante o período colonial que lograram a dominar o processo de independência e continuaram a atuar à frente da política, economia e sociedade. Esta insistência desses setores conservadores em conduzir este processo de independência geraram várias revoltas de natureza democrática e republicana: a Confederação do Equador; a Cabanagem; a Farropilha; a Sabinada; a Praieira. Todos os episódios dessa revoltas populares demonstram a incapacidade do projeto conservador em manter a unidade do país incorporando demandas de forças mais avançadas e progressistas da sociedade.
O predomínio conservador não eliminou o desejo pela liberdade e pela democracia que, logo, assumiu a luta pela abolição, pela a divisão de terras, pela autonomia do país e pela república.
O processo republicano culminou em 15 de novembro de 1889, é uma etapa da contrução democrática.
Derrotada a monarquia, a República ficou, depois de muita luta, sob o domínio das forças conservadoras. Sua história sempre foi marcada pelo conflito entre o programa arcaico das oligarquias, do colonialismo,da subordinação do Brasil aos interesses estrangeiros ( programa este que desde o período colonial insiste e persistentes até hoje através na democracia brasileira por meio de neoliberais transvestidos em pele de esquerdistas) e um programa progessista republicano avançado, que concebia ao estado promover a democracia, integração nacional, o desenvolvimento, a distribuição de terra e a afirmação da soberania nacional.
Desde quanto fora proclamada a república, nestes anos todos estas forças conservadoras, que veem desde o período colonial, sempre se mantiveram no poder, aplicando golpes que tentavam contra a democracia, privatizando criminosamente de forma corrupta o patrimônio público, desnacionalizando a economia e o aprofundamento da dependência externa. No plano político, o autoritarismo é primordial para que a Constituição fosse maculada. A situação social foi agravada. A economia foi entregue ao livre curso da financeirização. A Nação é aviltada, retroage.
Depois de o descobrimento do Brasil, até os dias de hoje, a vitória em 2002 do presidente Lula um retirante nordestino (povo que ainda sofre com a educação precária, falta de investimento em saúde, falta de investimento em saneamento básico, falta de investimento em infra - estrutura devido a influência negativa de coronéis que agem por meio da política, deixando o povo nesta situação para ter o domínio sobre este), operário e sindicalista ( representante de trabalhadores, que sempre lutou pelos direitos trabalhistas de cada um) representou um marco histórico na república e na história recente. A decadência nacional começou o ser revertida e a resistência ao neoliberalismo passpassou a se realizar em melhores condições.
Numa dinâmica de acirrada batalha política , mesmo com limitações, o país voltou a se desenvolver.
Esse desenvolvimento só foi possível com a atenção especial do Presidente Lula com as classes que sempre estiveram a margem da sociedade e sofreram injustamente com a distribuição de renda por meio de programas: Bolsa família - um dos maiores programas de transferência de renda do mundo - através deste 19,5 milhões de brasileiros deixaram a condição de extrema miséria, Prouni onde 600 mil jovens chegaram ao ensino superior, Farmácia Popular por meio deste vários remédios estão 85 % mais baratos, PAC, valorização do salário mínimo, geração de empregos, Brasil Sorridente, evitando privatizações, Pré - Sal, e o mais importante conseguiu reestabelecer a dignidade e autônomia da nação perante ao mundo barrando a criação da Alca e tornando o país independente com o FMI. Essa autônomia foi tão importante que nesta última crise o país enfrentou foi o último a entrar e o primeiro a sair, levando o presidente da nação mais rica do mundo a dizer "este é o cara".
Em 2010, este projeto desenvolvimentista tem que continuar a fazer história, elegendo a primeira mulher presidente, afinada com o presidente Lula que de a continuidade nesses projetos que tiveram foco na distribuição de renda levando o Brasil a uma nação soberana, justa independente e respeitada.
Autor Fábio da Natividade Cruz
quinta-feira, 6 de maio de 2010
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