Há 79 anos iniciara o movimento constitucionalista de 32 umas das mais importantes atuações das oligarquias paulistas na época.
Não foi um movimento de caráter popular e sim oligárquico descontente com a marginalização sofrida pela revolução de 30 (que colocou um fim a política do café com leite, onde havia a alternância de poder no país um período era governado por um político paulista e outro mineiro) e essa alta classe paulista do poder que se viu estrangulada fora se aproveitou do descontentamento das dificuldades econômicas da população (devido a grande depressão econômica iniciada em 1929) instigou esta a participar da revolução, para insurgir – se contra o centralismo idealizado pelos tenentistas. O principal porta-voz dessa insatisfação era o Partido Republicano Paulista (PRP).
No dia 25 de janeiro descontentes com a situação de favorecimento aos tenentes por Getúlio Vargas e toda a situação política realizou-se um comício na Praça da Sé exigindo uma constituição já.
Em fevereiro de 32, o Partido Democrático, que havia apoiado a Revolução, afastou-se de Getúlio Vargas e uniu – se ao PRP. Juntos formaram uma Frente Única Paulista, apresentada como “união sagrada dos paulistas em torno de duas bandeiras; a pronta reconstitucionalização do e a restituição a São Paulo da autonomia de que há dezesseis anos se achava esbulhada”.
A primeira bandeira não era muito firme, pois Getúlio naquela época instaurou um novo Código eleitoral que marcava eleições para a tão desejada Assembléia Constituinte. O decreto era inovador; estabelecia o voto secreto e o direito das mulheres votar e serem votadas.
A segunda bandeira era muito mais desejada pelas elites paulistas, lutavam a qualquer preço restabelecer a sua capacidade política no âmbito regional e nacional, alguns iam mais longe reivindicando a separação de São Paulo do resto do país.
O cume da decisão de iniciar antes a revolução foi o fato ocorrido em maio na Praça da República, onde estudantes invadiram a sede dos tenentes armados e quatro deles morreram neste confronto: Martins, Miragaia, Draúsio e Camargo.
Os militares descontentes e preocupados com a decisão de Getúlio de Vargas de reprimir os quartéis, decidiram iniciar um levante paulista apoiado por Rio de janeiro chamado M.M.D.C.
A nove de julho, a revolta passava das palavras às armas. Com a bandeira do constitucionalismo nas mãos e com a esperança de que outros estados aderissem (o que não aconteceu), São Paulo iniciou uma guerra contra o governo federal.
A frente do comando paulista estava os generais Isidoro Dias Lopes, Bertoldo Klinger, e Euclides Figueiredo; nas tropas, as forças policiais, algumas unidades militares e vários voluntários recrutados nas classes médias e baixas.
A guerra civil mobilizou, em ambos os lados mais de 1000mil homens e um grande aparato militar em diversas frentes de combates. Foi uma guerra sangrenta, o governo federal investiu e fez o que pode para imprimir a derrota aos paulistas.
Os paulistas não possuindo uma infraestrutura bélico-militar necessária e acusados de separatistas sofreram uma grande derrota após três meses de guerra civil.
Embora denominada revolução constitucionalista de 1932, tivesse sido um fracasso do ponto de vista militar, no campo ideológico e político os reflexos foram positivos aos paulistas, pois em 1933, Vargas promoveu eleições para a Assembléia Constituinte e em novembro do mesmo ano tiveram início aos trabalhos que levaram a promulgação de uma nova Constituição.
Fábio da Natividade Cruz
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3 comentários:
É incrível como um revolucionário necessita mentir para alimentar sua psicose. Lixo vagabundo!
Primeiro antes o companheiro ou companheira deveria estudar história direito, antes de fazer comentários grosseiros.
É incrível como o companheiro ou companheira desconhece a história.Primeiro deveria estudar antes de fazer comentários grosseiros.
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