quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Falência completa, Prejuízo de bancos e instituições financeiras com a crise será de US$ 3,6 trilhões

Segundo analista econômico, Nouriel Roubini, perdas do setor bancário, empresas e instituições financeiras com a crise internacional deve ser de US$ 3,6 trilhões28 de janeiro de 2009
As perdas do mercado financeiro segundo um dos principais analistas econômicos, Nouriel Roubini, será de US$ 3,6 trilhões. O mais afetado deles é o setor bancário que concentra a maior parte dos prejuízos, pelo menos a metade.
Esta análise do economista da Universidade de Nova Iorque, que foi o pioneiro em dizer que esta crise era uma das maiores de toda a história, é crônica.
O sistema bancário norte-americano, segundo Roubini, tem US$ 1,3 trilhão de capitalização em bancos comerciais e outros US$ 110 bilhões em bancos de investimentos, ou seja, títulos que podem colocar todo o sistema em uma completa falência.
Para Roubini, este prejuízo dos bancos é crítico, “...o sistema bancário dos Estados Unidos está insolvente, na prática, porque começa a funcionar com um capital de US$ 1,4 trilhão. Isso é uma crise bancária sistêmica." (Invertia, 26/1/2009). Isto significa que os bancos norte-americanos estão praticamente em fase de extinção.
Dois dos maiores bancos norte-americanos, o Citigroup e o Bank of America tiveram grandes perdas nos últimos meses. O Citigroup, por exemplo, apresentou no último trimestre de 2008 perdas de US$ 8,29 bilhões, o pior resultado da história do Citigroup. Isto já refletiu em uma reestruturação do banco que vai se dividir em dois para tentar amenizar a crise interna. Já o maior banco norte-americano detentor de ativos, o Bank of America, teve seu primeiro prejuízo trimestral em 17 anos, a perda foi de US$ 1,79 bilhão.
Se os dois maiores bancos norte-americanos estão nesta situação, todo o sistema bancário está comprometido, para Roubini “Os problemas do Citi, do Bank of America e de outros sugerem que o sistema está falido, na Europa é a mesma coisa" (idem).
Do prejuízo de US$ 3,6 trilhões, a metade é de companhias dos Estados Unidos. O restante das perdas vai para instituições financeiras e bancos de outros países.
No domingo, o presidente norte-americano, Barack Obama, apresentou novo pacote de salvamento dos bancos, cerca de US$ 1 trilhão. Para Roubini, toda a injeção feita pelo governo norte-americano "continua deixando os bancos americanos à beira da insolvência se nossa estimativa de perdas se materializa" (Associated France Press, 26/1/2009).
As conseqüências ainda vão agravar o preço das commodities que devem cair entre 15% e 20%. Uma das principais matérias-primas a sofrer desvalorização será o petróleo, que deve ter o barril cotado entre US$ 30 e US$ 40. Desde junho do ano passado já houve desvalorização de 77% no preço do barril que há época estava cotado em US$ 147,27.
O resultado desvalorização das commodities será uma queda maior ainda nas exportações, aumentando a perda das empresas. Este prejuízo indica que novos pacotes econômicos terão que ser aprovados para salvar os capitalistas da crise e que os trabalhadores serão os mais afetados com arrocho salarial, perdas de direitos e demissões.

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